segunda-feira, 25 de outubro de 2021

Em busca do Tesouro dos Templários

 


EM BUSCA DO TESOURO DOS TEMPLÁRIOS
Caros leitores,  apresento-lhes a magnifica equipa aventura:
O António tem oito anos, é um devorador de livros e à mesa é o que se chama um ótimo garfo.
A Maria tem seis anos, ainda não lê livros e à mesa adora conversar em vez de comer.
O avô Ambrósio também lê muito e é um bocado rabugento por causa da idade.
A avó Mafalda também gosta de ler mas tem muito mais que fazer.
Acontece que esta equipa maravilha está de férias e por isso está sempre à procura de aventuras.
Desta vez resolvemos partir em busca do tesouro dos templários.
O António  descobriu que os templarios eram uma Ordem de Cavalaria medieval que combateram com os reis de Portugal contra os mouros.  Claro que a Maria perguntou logo o que é isso de medieval porque ela quer saber tudo.
Eram precisas mais informações e o António é a Maria sabem muito bem que nos livros é que se aprende o que faz falta.
Bom,  e na cabeça dos mais velhos também há alguma sabedoria e informação que é preciso aproveitar.  Os velhotes são como livros raros que têm que ser bem tratados e conservados.
Procura aqui pergunta ali, o António e a Maria aprenderam que a sede dos templarios em Portugal era em Tomar, onde construíram um castelo e uma igreja que imitava o templo de Jerusalem que eles tinham conquistado aos mouros.
                                                 
                                  Castelo dos Templários de Tomar





Agora muita atenção - os velhos alfarrabios (Maria, são livros antigos) contam que os templarios trouxeram para Portugal o seu grande tesouro que ainda não foi encontrado.
Com estas informações a equipa aventura tinha mesmo que partir sem demora.
Obidos



Para começar fomos observar vários castelos - Óbidos, Leiria    e Ourém e procuramos passagens secretas, portas da traição etc. 

                                                                      Leiria

Depois deste treino todo que demorou dois dias, fomos então para Tomar mas ainda ficámos uma noite a observar o castelo a partir das varandas do hotel. 

                                                                    Ourém


No dia seguinte, a primeira tarefa foi tomar um pequeno-almoço reforçado porque as aventuras fazem muita fome.
Como sempre, a vovó Mafalda, tratou dos abastecimentos, desta vez apenas água e fruta, porque os picnics foram só em Óbidos e em Leiria
Partimos pois para o grande objectivo. O percurso foi fácil graças aos cavalos do nosso velho Honda.
A entrada no castelo também não custou nada porque a sentinela templária ainda não tinha chegado - só à saida nos fez a continência com a espada em riste, isto depois de a Maria ter posto a moedinha no capacete, ora pois.
Avanc'amos pelo convento, vimos aquilo tudo,  inclusive a janela do capítulo, que é uma coisa enorme feita de pedras retorcidas cheias de musgo.
E então chegámos à Charola que é a antiga igreja dos templarios, onde eles faziam as reuniões principais
Hoje é um monumento importante e raro com planta circular e colunas ao centro formando um octógono.  Tratámos de observar as colunas, o tecto e  o chão mas sem indícios do tesouro. Como era tudo tão bonito, o avô até pensou que se calhar o tesouro era aquilo mesmo.  Mas a Maria resolveu tirar dúvidas e foi perguntar à senhora que estava de serviço se ela sabia onde estava o tesouro. Ela primeiro disse que estava em casa dela ( se calhar era o marido dela, não sabemos) e depois disse que ninguém sabia.
Uma vez que ali ninguém sabia, o António disse que o tesouro está com certeza debaixo do Castelo de Almourol porque fica numa ilha no meio do Tejo, é um bom esconderijo, e também foi construido pelos templários. Vamos a isso, a equipa aventura está sempre pronta.

Antes do assalto ao castelo, assaltamos um restaurante com o mesmo nome e comemos muito bem numa esplanada à beira-Tejo.
Tinha que ser, assaltos a castelos com a barriga vazia não têm graça nenhuma. Apostamos que o D Afonso Henriques também só atacava depois do almoço.
Lá fomos. Atravessámos o rio num barquito da junta de freguesia e aproveitamos para tirar nabos da púcara (quer dizer informações) com a barqueira. Soubemos assim que na região se conta que existe um túnel secreto desde o castelo até um convento a oito kilometros. Claro que o António ficou todo contente - ele apostava nos subterrâneos.
Desembarcamos e percorremos a pequena ilha, subimos ao alto do castelo mas não encontrámos a entrada do subterrâneo.
Na viagem de regresso a equipa aventura discutiu a situação.
O avô Ambrósio lembrou-se que alguns livros de história contam que o rei D. Dinis de Portugal era amigo dos templários. Ora quando os templários foram perseguidos em França pelo rei daquele país e pelo Papa, fugiram para Portugal. Por exemplo, os barcos dos templarios, e eles tinham muitos, desapareceram todos de França. Por essa altura o nosso D. Dinis contratou um Almirante genovês e como ele anteriormente não tinha barcos, está-se mesmo a ver para onde foram os barcos dos templários.
Além disso o D Dinis apareceu com muito dinheiro e financiou a agricultura e as pescas fundou cidades e mandou construir muitos castelos.
A equipa aventura pensou nisto tudo e decidiu que encontrámos o tesouro dos templários - está à nossa volta.