domingo, 19 de setembro de 2021

Explosão na Fábrica da Pólvora

 EXPLOSÃO NA FÁBRICA DA POLVORA


A equipa aventura está de visita à fábrica da pólvora, em Barcarena.
O edifício é magnífico, uma joia da arquitectura industrial.
Nas margens da ribeira de Barcarena, a fábrica ocupa uma vasta extensão de terreno e está tudo bem conservado.
Esta fábrica trabalhou cerca de 500 anos até 1988, os últimos 300 a fabricar pólvora. Para as guerras? perguntou o António.
Sim para as guerras e também para outros usos, como as pedreiras e as minas.
O avô Ambrósio estava lançado e continuou - fabricar pólvora era muito perigoso, havia muitos acidentes graves com explosões. Vejam estes edifícios que ficaram meio destruídos - foram as explosões.  Reparem, eram construídos com paredes grossas e altas e tectos fracos. Assim as explosões eram canalizadas para cima e não para os lados onde atingiriam outros edifícios e pessoas.
O melhor é vermos como isto era. Fechem os olhos e a máquina do tempo vai levar-nos 200 anos para trás.
Está a acontecer, a explosão é espantosa, parece que rebentaram milhões de foguetes ao mesmo tempo, a  coluna negra tapa tudo, como se tivesse anoitecido. Já lá vêm os bombeiros nos seus carros puxados por cavalos. À frente está uma bombeira muito bonita
no seu uniforme azul. Mas é a nossa Maria, oram vejam bem. E logo depois o segundo bombeiro é o nosso António. A máquina do tempo tem cada uma...
Mas eles lá vão, o António e a Maria já retiraram o primeiro ferido e outros se seguem, já vão na ambulância com os cavalos a galope.
O bombeiro António grita que já não há mais feridos e a Maria manda avançar o carro da água. O António acciona a bomba manual com grande energia e a Maria apaga o fogo com a mangueira. Está resolvido. A Maria e o António limpam as cinzas e enchugam o suor
Abram os olhos porque terminou a viagem ao passado.
Com tanta actividade, ficámos com muita fome, há almoço?  perguntam o António e a Maria ao mesmo tempo.
A avó Mafalda sorriu - reservei mesa no Maria Pimenta.






quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Os Fantasmas do Palácio dos Arcos













 




OS FANTASMAS DO PALÁCIO DOS ARCOS


Hoje a avó Mafalda convidou a equipa aventura para um "Lanche da Rainha" no Palácio dos Arcos. Claro que a Maria quis logo mais pormenores e não é caso para menos - um lanche da rainha não é coisa pouca. A equipa aventura ficou em pulgas e às cinco da tarde
estávamos à porta do palácio. Fomos servidos com todo o requinte na varanda dos arcos. A equipa aventura gostou. Também visitámos o palácio todo.  Está bem conservado. O Vila Galé só estragou a horta para fazer os quartos. O Palácio dos Arcos  que veio a dar o nome à terra, foi originalmente construído no século XV, foi destruído pelo terramoto de 1755 e reconstruído de seguida e por isso ficou com este estilo barroco. Mas o que vimos com toda a atenção foi o retrato da D. Eufrasia de Meneses que foi dona do palácio no século XVI e que tem a fama de sair do quadro durante a noite.
A equipa aventura decidiu logo tirar essa história a limpo.
Como fazer, como não fazer, pensámos em tudo até que a vovó Mafalda teve uma ideia - o António e a Maria disfarçam -se de empregados do hotel e passam lá a noite escondidos. O António ainda resmungou dizendo que lhe cabem sempre os trabalhos difíceis mas a ideia foi aceite.
O António ficou muito bonito com a sua farda de barman com colete e lacinho ao pescoço, tudo copiado do rapaz que nos serviu o lanche. A Maria também ficou muito bonita com o seu vestido de empregada de mesa. Os avós ficam no jardim a vigiar e ao mais pequeno sinal de perigo avançam como equipa de socorro.
E pronto, começa mais uma aventura. O António e a Maria esconderam-se no balcão do bar logo que saiu o último cliente.
Era meia-noite em ponto quando ouvem um fru-fru de saias a roçar os tapetes e aí está a D. Eufrasia exactamente como estava no quadro. E suspira e geme. O avô Ambrósio tinha explicado que a D. Eufrasia tivera o desgosto enorme de não ter um filho a quem deixar o grande morgadio que tinha organizado e era por isso que ela agora chorava.
O António e a Maria estavam um bocadinho arrepiados e prontos para ir embora mas repararam noutra figura que avançava pela sala. Desta vez era um rei de certeza, manto de arminho e coroa na cabeça, não havia engano possível. O António lembrou-se que a avó falara no D Manuel que vinha ver passar as naus da Índia. Pronto, o António disse à Maria - É o D Manuel, o venturoso, porque teve mesmo muita sorte. Olha vai para a varanda ver as naus.
A Maria resolveu acabar com aquilo - Vamos embora, estou farta de fantasmas. Aqui só se aproveita o lanche da rainha. 

Operação Joias da Rainha





 

OPERAÇÃO JÓIAS DA RAINHA

A equipa aventura estava no descanso. A avó Mafalda estava a ler os jornais no seu belo tablet e disse: No palácio da ajuda está uma exposição sobre a rainha D MariaII.
O António perguntou - aquela que teve 3 maridos e 11 filhos?
E a  Maria logo - como assim?
O avô Ambrósio lá explicou - pois é, mas o primeiro marido foi o tio dela, o caceteiro D. Miguel, e não ligou mesmo nada à rainha porque o que ele queria era roubar-lhe o lugar e ser ele o rei.
Claro que a Maria quis saber o que era isso de caceteiro e ficou muito admirada ao saber que o malvado do D. Miguel andava com os amigos a bater e a fazer mal às pessoas. Mas o avô continuou - depois casaram a rainha com outro tio que morreu logo passado um ano. Finalmente lá apareceu um príncipe bonito e novo e então tiveram os 11 filhos e foram muito felizes.
Mas entretanto a avó Mafalda continuou a ler o jornal e disse que na exposição estão as jóias da rainha que são muito valiosas.
Aqui a equipa aventura arrebitou as orelhas. O quê, jóias da rainha? muito valiosas?
O António disse logo - se estão na exposição podem ser roubadas! E a Maria - eu quero ver!
Estava decidido - a equipa aventura ia fazer uma visita de inspecção à exposição.

Quando chegámos à ajuda apanhámos logo um choque - a nova ala poente é um mamarracho enorme. Parece uma daquelas fachadas horrorosas das sedes da caixa g. depósitos em todo o país, ainda por cima em tamanho XXL.
Enfim demos a volta e vimos então a fachada principal com o seu estilo neo-clássico e a equipa decidiu que também não é lá muito bonita.
Toda a gente já viu que o avô Ambrósio tem a mania da história e lá apanhámos mais uma seca - isto era uma grande quinta que o rei comprou e depois do terramoto de  1755, que foi uma coisa horrorosa, o rei D José ficou com medo de viver em palácios de pedra  e mandou construir aqui um palácio de madeira ao qual o povo chamou real barraca.
Ora a madeira é muito boa contra terramotos mas quanto aos incêndios...  não me digas que a real barraca ardeu, disse o António. Pois foi, continuou o avô, ardeu o palácio e todo o recheio que era muito valioso porque os reis nessa altura eram muito ricos. E esta  torre perguntou a Maria. Pois, é a torre patriarcal ou do galo e foi a única coisa que não ardeu, se calhar porque é de pedra.
Fomos pois comprar os bilhetes. A avó até acha graça por ser a única que paga porque a equipa tem 3 borlas - dois são novinhos e um é um velho que diz que andou a combater mas se calhar é mais uma história da carochinha.
Começou a visita. Muitas salas e. corredores, muita coisa bonita e valiosa, a cama da rainha enorme e a do rei pequenina - - mistérios da realeza.
O António não pára de fazer fotografias sobretudo às jóias que estão numa casa forte com grades e à coroa e ao ceptro. Quando estávamos a observar a coroa na sua redoma de vidro, o polícia veio ter connosco e disse para não nos aproximarmos tanto porque o alarme dispara. O António e o avô trocaram um olhar - é preciso atenção a este pormenor.
A Maria estudou todas as grandes tapeçarias das paredes que podem ser bons esconderijos e o António controlou todas as câmaras. A avó Mafalda viu todos os jarroes que podem servir de esconderijo .
Estava feita a inspecção. Voltámos a casa.
Agora era preciso fazer uma reunião secreta num local muito seguro. A única cave disponível é a casa da porteira que está fechada há 12 anos. O António só precisou de uma chave de fendas e a casa era nossa.
O António disse que as câmaras do palácio são poucas, o roubo é fácil e só é difícil sair de lá.
A Maria disse que naquelas tapeçarias é fácil esconder-se mas em contrapartida não há casas de banho que sirvam de esconderijo.
Reunião terminada.
Agora vamos escrever o relatório de segurança e enviar para a direcção do palácio para eles  emendarem os erros.
Com a ajuda da equipa aventura as joias da rainha estão seguras.



 


segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Flores

 Este ano depois de várias vezes ter ficado sem as flores que gosto, resolvi levar este vaso para férias, primeiro para um local com praia onde se respira brisa marinha, depois para as termas da Curia onde o ar é puro graças ao ambiente da Mata e respectiva zona envolvente , muito arborizada.

Agora em casa estão assim

Posso continuar a desfrutar do meu cantinho com prazer