quarta-feira, 3 de novembro de 2021

Aventura Cultural em Cascais

 AVENTURA CULTURAL EM CASCAIS


Um saltinho na marginal e a equipa aventura está em Cascais. Como é uma aventura cultural, vamos ao palácio-museu Castro Guimarães. É um edifício muito bonito estilo romântico do início do século XIX e parece um palácio medieval com a sua torre. Faz pensar em princesas prisioneiras salvas por belos príncipes que aqui podiam vir por mar visto que a maré alta chega ao palácio.
A Maria disse logo - eu quero ser a princesa. E logo o António -a essas histórias já não ligo.
O interior do palácio é maravilhoso. Beleza e bom gosto do chão até ao tecto. O António e a Maria ficaram encantados com o vídeo em que se vê fabricar as as peças de  cristal de murano que estão expostas na sala.
Depois da visita, que foi muito agradável, o  avô  Ambrósio disse: vamos até à cidadela que o passeio não é longo.
Antes de entrar encontrámos a estátua de D Rodrigo de Meneses, conde de Cantanhede, com a sua grande espada. Comandou bravamente a defesa desta fortaleza contra o cerco e assalto do Duque de Alba, um sanguinário general espanhol ao serviço do rei Filipe II de Espanha que veio a ser também rei de Portugal com o nome de Filipe I.
De  Espanha e de Portugal ao mesmo tempo? Perguntou a Maria. Pois, confirmou o António e foram 3 Filipes que governaram Portugal durante 60 anos e só foram expulsos com uma revolução. O avô Ambrósio aproveitou para meter mais uma história : o primeiro Filipe disse que Portugal lhe pertencia porque o tinha herdado, o tinha comprado e o tinha conquistado. Aqui a avó Mafalda meteu a sua colherada - mas isso não será demais? Troca lá isso por miúdos.




                         

 É simples, disse o avô                                                 
 herdado porque era um dos descendentes dos reis de Portugal, comprado porque ele tinha pago a alguns nobres para o apoiarem e conquistado porque o exército dele tinha derrotado as tropas portuguesas.

Mas entremos então na cidadela que tem um forte, um palácio, uma igreja  agora até um hotel.  Infelizmente está tudo fechado mas damos uma volta por aí.
O palácio foi utilizado por diversos reis e presidentes da República. Um deles, D. Carlos, o caçador, dizia que tinha aqui uma bela vista de mar para ver entrar os seus cachimbos. A avó Mafalda, o António e a Maria em coro: cachimbos vindo pelo mar? Isso não tem pés nem cabeça.
Bom, explicou o avô Ambrósio - parece que é verdade, o rei gostava dos cachimbos muito bem queimados pelo uso, porque ao princípio os cachimbos sabem a madeira e não a tabaco, e por isso emprestava os cachimbos aos pescadores do bacalhau para eles utilizarem durante os 6 meses que passavam na faina. Então quando os barcos bacalhoeiros voltavam e  entravam na barra do Tejo em frente a Cascais, ele dizia aquela graça.
A  Maria já estava um bocado farta de histórias e perguntou: vamos almoçar? E logo o António: boa ideia.
O narrador não conta onde foi o almoço.

Sem comentários:

Enviar um comentário